quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Inserção do Projecto Brh+ no Museu de Zoologia da Reitoria da U. Porto

Após uma longa pausa, o Projecto Brh+ está de volta, desta vez inserido na disciplina de Ilustração no curso de Mestrado em Design Gráfico e Projectos Editoriais da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
Como o Projecto ficou estagnado na questão da inserção no seu habitat, que iria ser feito em Verdelhos, decidi aproveitar a proposta de Ilustração (realização de um documentário ficcionado) para alterar a sua aplicação e terminar, dessa forma, o Projecto Brh+.
Após alguma reflexão decidi não colocar a criatura em Verdelhos, mas sim no Museu de História Natural no Edifício da Reitoria da Universidade do Porto. O Museu está repleto de animais embalsamados, onde todas as espécies são preservadas da forma mais fidedigna possível, creio que faz sentido ficcionar aquela documentação existente no museu, colocando no seu acervo um elemento ficcionado ou imaginário, mesmo que constituído por partes reais. A documentação ou registo que farei funcionará como um abrir de apetite para que se visite a criatura no seu novo ambiente. O documentário ficcionado estará patente, então, nos seguintes aspectos:

- este capítulo irá fugir do planeamento previsto para a criatura, ficcionando dessa forma os conteúdos e previsões reais do que foi documentado até agora.
- a inserção da criatura no Museu funcionará como um elemento de ficção nos objectivos reais em que o edifício se sustenta - apresentação de espécies animais.
- a informação de que o animal vai ser libertado em Verdelhos permanecerá inalterada como forma de documentação do processo de trabalho e do historial do projecto, no entanto, a sua aplicação nunca irá acontecer.
- ao colocar a criatura no Museu estou a criar a possibilidade do observador associar realidade com algo que é fruto do imaginário ficcionado, mesmo que sendo constituído por partes reais ou naturais.

Este projecto nasceu como uma forma de manifestação artística e assim irá "viver", sob a forma de exposição. O objectivo primordial do projecto é incentivar a discussão, reflexão, compreensão sobre o tópico da intimidade, morte e infinitude. Se a criatura não for observada, sofrerá de um esquecimento prematuro e todo o conhecimento que poderia advir da experiência visual ficaria perdido. A criatura terá então um carácter social, de aproximação das pessoas à temática da morte, infinitude. A documentação ficcionada será alimentada e partilhada por um conjunto de entidades e situações, que o reprovam ou aceitam.

Como será implementado?

Construí uma base, feita em madeira pintada de preto, com um tronco em arco (preso por um prego). Esta base funciona como um elemento que se mistura com o que existe no museu. Tentei criar alguma pessoalidade, mas , ao mesmo tempo, manter uma linha de semelhança relativamente ao que já existe no Museu.



A criatura ficará pousada sobre a base negra. O tronco funcionará como um elemento natural, para o enquadrar com o Museu.

2 comentários:

Anónimo disse...

é o peixezilla!

Anónimo disse...

ou peixezillossauro...